domingo, 24 de dezembro de 2023

Linhas tortas


Depois do golaço com desvio de Paulinho e do empate do Bragantino, veio o alívio com nova grande jogada de Paulo Henrique e o cruzamento para o predestinado Serginho, e no ano em que os deuses da Bola manifestaram mais uma vez sua predileção, dessa vez por linhas tortas carregadas de repetições e ironias, o Vasco não caiu.

Obrigado, Alex Teixeira, Andrey Santos, Bambu, Bruno Praxedes, Cauã Barros, Erick Marcus e Figueiredo. Graças a Gabriel Pec, a Galarza, a Jair, a Léo Pelé e muito obrigado a Léo Jardim! Valeu, Maicon, Marlon, Mateus Cocão, Medel, Miranda, Orellano, Paulinho e Paulo Henrique! Gratidão a Payet, a Pedro Raul, a Piton, Puma, Rossi, Sebá e pra sempre seja louvado, Serginho! Toda honra e toda a glória ao nosso artilheiro Vegetti e palmas eternas a Zé Gabriel, para todos pela raça, pela entrega, pela virada quase impossível no ano que já começou importante, pelo Centenário do primeiro título, no primeiro campeonato dos Camisas Negras, e ficou mais importante ainda logo no oitavo dia, quando, exatos 10 dias depois da subida do maior de todos os camisas 10, Pelé, também vascaíno, quem se juntou lá em cima aos deuses da Bola foi o nosso maior de todos, maior do Brasil e do Rio. E viva, Roberto! Pra sempre Dinamite!

Gracias también, por supuesto, a Dom Ramon Diaz e a su hijo Emiliano, hermanos argentinos que chegaram para ressuscitar um time combalido por dentro, pelas escolhas de um ceo torcedor adversário, que escolheu um treinador ruim e igualmente mulambo, todos sob o comando da empresa mais suspeita possível. Foi então mais um campeonato com o Vasco onde gosta o sistema, lá embaixo, brigando pra não cair, enquanto os deuses da Bola aproveitaram esta temporada para dar seu recado punindo, com ironia e requintes de crueldade, toda a ganância e a prepotência de um só clube, que no fim de 2022 ganhou Libertadores e Copa do Brasil e se achou tão bom, mas tão bom, que sua diretoria decidiu demitir o treinador campeão das duas competições.

E antes dessa demissão, e da contratação do treinador vice do demitido, esse clube que se acha tão bom conseguiu virar meme celebrando a conquista da Libertadores. “Real Madrid, pode esperar!”, gritou o diretor fanfarrão, gritou, levantou o braço e entrou pra história, pra sempre o grito será repetido pra encerrar qualquer discussão com framenguistas, e justamente o Real Madrid, o mesmo da fla-Madrid, primeira torcida arco-íris que se tem notícia, pelo menos no Rio, o mesmo Real pentacampeão europeu seguido, na época bi, derrotado por Orlando, Vavá, Sabará e cia em Paris, 1957, no primeiro confronto entre um campeão sulamericano e um campeão europeu, no primeiro intercontinental, de fato, de clubes, e pelo mágico placar de 4 a 3.

Quatro a três e com o Palmeiras envolvido, vencendo dessa vez, foi também o placar do primeiro dos cinco vices do queridinho no ano, antes do vice do vice no Mundial, perdendo pro Al Hilal e com os deuses da Bola continuando a brincar com as repetições, não só porque foi o mesmo Al Hilal de 2019, quando o queridinho tinha que chegar na final pra ser vice do mesmo Liverpool de 81, sem ninguém bêbado em campo dessa vez, e com o goleiro sem ter se vendido, mas também porque o técnico do glorioso Al Hilal era Ramon Díaz, que treinava o River Plate em 1998 no Monumental, contra o Juninho.

Na Recopa Sulamericana, seguiu-se a repetição com o mesmo Independiente Del Valle de 2019, o mesmo também que meteu 5 a 0 no então campeão supervarmengão em 2020, que assim entrou pra história como o clube que sofreu a maior derrota na Libertadores ostentando o título de campeão. E o vice dele pro Del Valle foi com requintes de crueldade parecidos com o Racing de 2020, nas oitavas da Libertadores, gol salvador no último minuto, êxtase, delírio nas arquibancadas superfaturadas e tungadas do Maraca pra depois perder nos pênaltis com o autor do gol salvador perdendo a cobrança fatal. A diferença é que contra o Racing, do gol de William Arão no tempo normal foi direto pros pênaltis nos quais Arão perdeu sua penalidade, enquanto que contra o Del Valle, entre o gol de Arrascaeta e o pênalti perdido pelo uruguaio teve ainda toda uma prorrogação, o que foi ótimo pro Vasco, no caso, porque três dias depois foi o primeiro Vasco x Varmengo do ano, quando Puma mostrou que, além de ter de melhorar na marcação, tem uma certa estrela e um tremendo de um pancadão.

Se vencesse o Vasco nesse jogo, o flamengo seria campeão da Taça Guanabara, mas com a derrota deixou o flu encostar e, na última rodada, ultrapassar vencendo o fla x flu no finzinho. Mais um vice amargo pro superpoderosão que, logo depois, perderia a final do carioca de quatro, sim, tomando de 4 do Fluzão que seria usado pelos deuses da Bola no fim do ano, para mais uma estocada neste time que tinha pretensões de ser dominante no futebol continental e não conseguiu ser isso nem no Rio.

Já o Vasco até que começou bem o campeonato Brasileiro, vencendo o Galo no Mineirão, com Andrey Santos se despedindo, deixando o primeiro gol do time e também seu primeiro, e único, na Séria A, e Gabriel Pec começando a despontar como o grande jogador do time, se contarmos só quem jogou o Brasileirão do início ao fim. Tiveram ainda bons jogos contra Palmeiras e Flu, dois empates no Maraca, até que começou a surtir efeito o trabalho do CEO mulambo que preferiu gastar mais dinheiro pra trazer Orellano e Pedro Raul, em vez de optar em gastar menos para repatriar Paulinho. O treinador torcedor do vice do Del Valle também começou a fazer das suas, primeiro com uma declaração das mais infelizes na derrota em casa para o Santos, reforçando a narrativa de que rebaixamentos roubados, orquestrados junto com golpes jurídico-midiáticos para manter mulambos no comando do Vasco, contam mais que a história, que títulos estaduais, nacionais, continentais e intercontinentais; e depois rindo de piadas idiotas de perguntadores flamenguistas após o Vasco treinado por ele ser goleado pelo vice da Supercopa, da Taça GB e, de quatro, do Carioca.

Vieram mais derrotas até o jogo fatídico contra o Goiás, e no Centenário do primeiro título dos Camisas Negras e de todos os nossos clássicos no Rio, todos com vitória como o primeiro deles, contra o Botafogo, em General Severiano, vencido por 3 a 1 pelos caras da foto ao lado, e um ano após o Centenário do acesso, às vésperas do Centenário da Resposta Histórica e a quatro anos do Centenário de São Januário, nosso estádio construído sem ajuda governamental nem parceria privada, contando somente com a força e o amor dos vascaínos, nascido como o maior da América Latina, foi atacado novamente, de novo, mais uma vez o gramado pisado por Fausto, Russinho, por todo o Expresso da Vitória, por Zé do Carmo, Mazinho e Juninhos materializando todo o ódio ao Vasco que, não mais sem consequências, não pode ser exprimido pelo racismo.

“(...) vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio”. Apesar do português confuso (onde houve comumente?) e da ausência de uma vírgula básica, o texto acima é de um juiz de direito, o juiz de plantão do Juizado Especial de Torcedores e Grandes Eventos escalado para o Vasco x Goiás. Um juiz que julga baseado em sua opinião, certamente de um torcedor do time eliminado pelo Olimpia nas oitavas da Liberta, derrotado pelo único campeão no ano, no mês e na semana do próprio Centenário, único, claro, além do Vasco. Um juiz torcedor de um time sem estádio, que julga sem base em dados, porque se fosse se preocupar com isso veria as estatísticas do Instituto Fogo Cruzado, informando que o número de tiroteios no entorno de São Januário em 2023 foi de 22, idêntico ao do Maracanã, sendo que nos arredores do bem público tungado pela dupla dos brasileiros entregados houve morte, ao contrário do estádio do Vasco.

Mais novo personagem do teatro de horrores do preconceito contra um só clube, o juiz, com seu parecer emocionado, entregou de bandeja ao promotor acusador, esse figurinha repetida. Não se tem notícia, no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), de qualquer pedido de destituição da diretoria do Flamengo pela tragédia do Ninho, dez mortes, de dez meninos. Em 2006, no entanto, o MPRJ, na entrada em cena desse promotor repetido, pediu a destituição da diretoria do Vasco por causa de pontos de venda de ingressos para a semifinal da Copa do Brasil entre Vasco e fluminense, aquela mesma decidida pelo artilheiro daquela Copa do Brasil, o saudoso e inesquecível Valdiram. Tinha X postos, era pra ter Y. Pronto. Tira a diretoria.

Na época, a diretoria atual do CRVG era oposição, e assim também em 2017, quando o juiz não marcou pênalti claro de Everton Ribeiro cortando com o braço levantado, dentro da área, o cruzamento de Nenê, quando o Vasco x flamengo em São Januário estava 0 a 0. Teve também gol anulado de Pikachu, com Daronco inventando falta no zagueiro lá atrás pra garantir a vitória do queridinho, que viria, por 1 a 0, e depois o quebra-quebra, a PM lançando bomba na direção da arquibancada vascaína e numa dessas coincidências incríveis, o mesmo promotor a postos, pedindo de novo a destituição da mesma diretoria, e não há registro também de pedidos de destituição de diretorias de grandes clubes de futebol nos MPs espalhados pelo País por conta de invasões de campo ou algo parecido. E agora, em 2023, claro que só pode ser mesmo coincidência, mas temos o mesmo promotor, contra o mesmo clube num caso igual ao de 2017, mas não contra a mesma diretoria. E o mesmo promotor continuou pedindo a interdição do estádio, mas não pediu a destituição da diretoria. Por quê?

O fato é que esse ano a perseguição ao Vasco ultrapassou os limites dos tribunais esportivos e a pena pelos distúrbios no jogo contra o Goiás avançou muito além das punições a outros times como, por exemplo, o Santos e a Vila Belmiro. Pra começar, o Vasco não pode jogar em seu estádio nem com os portões fechados, e assim conseguiu vencer o Cuiabá por 1 a 0 no estádio Luso-Brasileiro vazio, e quando pediu pra vender ingresso em São Januário só para mulheres, crianças e deficientes físicos e mentais em São Januário, entrou em cena uma desembargadora que decidiu que não havia como garantir que mulheres, crianças e deficientes físicos e mentais não iriam causar confusão no estádio. Chegou a isso, e diante disso até a mídia corporativa se viu obrigada a protestar contra o absurdo dessa situação, com o Vasco impedido de jogar em seu estádio e também no Maracanã, entregue de mão beijada pelo governo do estado à dupla fla x flu dos bons costumes. Foi num São Januário vazio, portanto, que Vegetti estreou fazendo o gol da vitória contra o Grêmio, três dias depois de chegar ao Rio, iniciando a virada do time que tinha, até ali, faltando duas rodadas pra terminar o turno, nove pontinhos.

Com Vegetti chegaram Maicon, Medel, Bruno Praxedes, Paulinho e, por último, Payet. Jogadores como Zé Gabriel e Paulo Henrique ressurgiram das cinzas e o time de Ramon e Emiliano Diaz foi avançando até sair da zona de rebaixamento com um gol no último minuto, de chilena, de Jair, no jogo atrasado, fora de casa, contra o América Mineiro. Àquela altura São Januário já havia sido liberado para receber público e já havia acontecido a enorme festa com goleada da primeira foto desse texto, lá em cima, 5 a 1 no Coritiba com dois de Vegetti, um de Pec, um de Rossi e o primeiro e mais significativo de todos, do improvável Zé Gabriel, com a camisa negra dos Camisas Negras e nas costas, o número 23.

Veio então o jogo contra o Santos na Vila Belmiro, com Soteldo fazendo o que fez, a gracinha subindo na bola e ali, juntando com a declaração do ex-treinador mulambo dizendo que o Santos era difícil de ganhar porque era um time que nunca tinha caído, os deuses da Bola, que já sabiam com certeza desde o início do ano do Centenário do Carioca de 1923 que o Vasco não seria rebaixado, devem ter decidido de vez qual time iria cair. Mas ali o Vasco voltou pra zona de rebaixamento e lá continuou com o empate contra o São Paulo, com Léo Jardim pegando pênalti pra salvar da derrota e caindo ainda mais nas graças da torcida. São Paulo, e essa foi mais uma graça do destino, treinado pelo campeão demitido pelo vice do Palmeiras, e que tinha acabado de proporcionar mais um vice ao queridinho, que assim, esse ano, retomou o título isolado de maior vice da história da Copa do Brasil, quando os deuses da Bola mostraram que não é qualquer time de outro estado, não, que ganha decisão do dono da casa no Morumbi.

Foi na vitória sobre o então líder Botafogo, com golaço de Paulo Henrique, que o Vasco deixou a zona do rebaixamento pra não mais voltar, no ano em que, provavelmente só para sacanear o supermengão que se achava imbatível, os deuses da Bola mostraram que ganhar essa Libertadores nutella, que nos últimos anos virou Copa do Brasil, não quer dizer muita coisa, porque essa Libertadores nutellinha pode ser conquistada até por times oriundos da terceira divisão do Brasil, e times da terceira divisão conseguiram também o que o mengão não conseguiu, porque o fluzão conseguiu passar da semifinal do Mundial, tudo bem que pra tomar de 4 na final, tomando gol aos 40 segundos de jogo e comemorando 15 minutinhos de toque de bola contra o Manchester City, mas conseguiu.

De quatro tomou o fluzão também do Vasco, a propósito, no campeonato que teve o momento mais emocionante no Vasco x América Mineiro em casa, com os dois filhos, já frequentadores das sociais, estreando na arquibancada de São Janu pra ver Roberto baixar no gramado e fazer Payet decidir como decidiu, de falta, no último minuto, no mesmo lugar e do mesmo jeito do último gol de falta da carreira de Dinamite, também contra um time chamado América, no caso, o de Três Rios. E na última rodada, na mesma arquibancada de São Januário, mas só com o filho mais velho, liberando o caçula da tensão absurda até os 37 minutos do segundo tempo, 
depois do golaço com desvio de Paulinho e do empate do Bragantino, veio o alívio com nova grande jogada de Paulo Henrique e o cruzamento para o predestinado Serginho, e no ano em que os deuses da Bola manifestaram mais uma vez sua predileção, dessa vez por linhas tortas carregadas de repetições e ironias, o Vasco não caiu.


Pitacos em itálico

Com a saída do amigo, Souza decidiu não voltar, até porque havia a mesma parte da torcida contra ele, mas prevalece a alegria pela volta do cria, alegria por ter visto Alex Teixeira jogando de novo com a camisa cruzmaltina, representando a geração dele, de Souza e de Alan Kardec, outro grande injustiçado na Colina, geração que teve o azar de despontar no ano ou às vésperas do primeiro golpe midiático-jurídico dentro do Vasco, golpe este que continua em curso, com a eleição, para presidente, de Pedrinho.

*O primeiro sentimento, sendo-se Vasco da Gama, tem que ser sempre de alegria, e foi com imensa alegria que este blog celebrou a volta do cria Alex Teixeira, no ano passado, a tempo de, mesmo fora de forma, chegando no meio do campeonato, ter sido fundamental na subida não só com os dois gols mágicos no Paraná, contra o Operário, mas também com o pênalti sofrido contra o Sport, em Pernambuco. Esse ano, começou bem o Carioca, com gols importantes contra Botafogo e Flamengo, e no Brasileiro, contra o Fluminense, se antecipou ao maravilhoso Dinizismo roubando a bola com velocidade difícil de ver aos 33, e entregando logo pra Pedro Raul fazer 1 a 0 antes do primeiro minuto de jogo, e o Vasco foi só 15 segundos mais lento que o Manchester City.

*O segundo sentimento, infelizmente, é de tristeza, triste ver como parte da torcida vascaína ainda leva em conta análises de especialistas que, curiosamente, volta e meia botam algum jogador importante pro time do Vasco, com história e qualidade, na berlinda. Foi assim com Martin Silva em 2018, ano justamente em que, depois de quatro temporadas de qualidade, com duas taças, GB e Rio, mais dois Cariocas, um deles invicto, ele defendeu os três pênaltis contra o Jorge Willsterman, que manteve o Vasco como um dos raros grandes times do Brasil que nunca foi eliminado nem em semifinal de Mundial de Clubes, nem em mata-mata de pré-Libertadores. Foi assim também com Pikachu e não foi diferente com Alex Teixeira, colocado na berlinda nas transmissões nos momentos mais difíceis, e assim boa parte da torcida, a mesma que é louca pelo Rossi, acreditou que não seria bom manter no elenco um jogador com essa qualidade, criado pelo clube, que voltou porque quis e só não foi maior na carreira porque o Shakhtar não aceitou vendê-lo ao Manchester United, a pedido de Sir Alex Gerguson, como vendeu ao Chelsea, o William.

*Com a saída do amigo, Souza decidiu não voltar, até porque havia a mesma parte da torcida contra ele, mas prevalece a alegria pela volta do cria, alegria por ter visto Alex Teixeira jogando de novo com a camisa cruzmaltina, representando a geração dele, de Souza e de Alan Kardec, outro grande injustiçado na Colina, geração que teve o azar de despontar no ano ou às vésperas do primeiro golpe midiático-jurídico dentro do Vasco, golpe este que continua em curso, com a eleição, para presidente, de Pedrinho. 

*Ganhando Pedrinho, na eleição online, continua a SAF 777 fazendo o que quer do Vasco, e com contrato blindado, podendo dar calote, pagar tudo atrasado e sendo tratada como superprofissional, com toda a condescendência e babação de ovo deslumbrada da mídia especializada. E continua a pairar a pergunta, diante da vergonhosa quitação a conta gotas do segundo aporte, de R$ 120 milhões, da empresa que se diz multimilionária: por que a diretoria não acionou a cláusula que protege o Club de Regatas Vasco da Gama no contrato com a 777 Partners? A 777 tinha até o dia 5 de setembro para fazer este aporte, descontando R$ 30 milhões ou R$ 15 milhões, vá saber, que teria pagado ao clube adiantado. Não fez o depósito, sem se preocupar em avisar nada ao Vasco, mas tinha 30 dias de carência para depositar a quantia de maneira integral, tudo de uma vez, diz o contrato, até 5 de outubro. Caso não fizesse, o Club de Regatas Vasco da Gama poderia acionar a cláusula que lhe devolve as ações não quitadas ao preço de módicos mil reais. E a SAF não fez o depósito integral, pagou só uma parte no dia 5 de outubro, então por isso fica a pergunta: por que a diretoria do clube não acionou a cláusula que protege o Vasco?

*Na quinta-feira, dia 5, data limite para pagar tudo, a 777 transferiu cerca de R$ 35 milhões ao Vasco. Portanto, nas primeiras horas da sexta-feira, 6, era só depositar R$ 1 mil e retomar 51% das ações da SAF para o clube associativo, que ficaria com 81%. A 777 teria ainda mais 30 dias para pagar o que faltava e assim recuperaria esses 51%. O detalhe é que esse mecanismo a empresa só pode usar uma vez ao longo de todo o tempo de contrato. Na próxima parcela, se houvesse novo atraso, no primeiro dia além do prazo de carência, era só o clube depositar R$ 1 mil e dessa vez não teria mais volta, a SAF voltava ao controle do Vasco. E a próxima parcela, a ser paga em agosto/setembro de 2024, é de R$ 270 milhões, a maior do contrato, que a 777 vai poder atrasar de novo e pagar pingado, porque a diretoria preferiu não acionar essa cláusula, se contentou com o pagamento de mais cerca de R$ 35 milhões na sexta-feira, 6, e com a promessa de quitação do restante na terça-feira, 10. A mesma diretoria que ficou no vazio durante o paga, não paga, pinga, não pinga do segundo aporte, sem ser informada, sem saber de nada, a mesma diretoria que já tinha sido ignorada quando a 777 Partners decidiu tirar US$ 5 milhões do Vasco pra botar numa financeira de seu grupo, essa diretoria, diante desse comportamento da SAF e de todas as suspeitas, algumas comprovadas, que têm pairado sobre ela, poderia ao menos garantir o pagamento sem atraso do maior aporte do contrato, era só depositar R$ 1 mil. Então, de novo, pra concluir, mais perguntas: pra que dar essa colher de chá à 777? Por que a diretoria do clube não acionou a cláusula que protege o Vasco no contrato com a SAF? 

domingo, 20 de novembro de 2022

Como há cem anos


E no primeiro jogo no Caldeirão sagrado com a estátua do artilheiro máximo da Cruz de Malta, artilheiro maior do campeonato brasileiro em todos os tempos e assim também do campeonato carioca, (...) no gol exato da estátua ali inaugurada explodiu um novo garoto dinamite, Figueiredo, fazendo o gol inaugural de seus quatro, até aqui, como profissional do Vasco, todos golaços, e o primeiro deles no jogo que sacramentou a entrada do clube, para não mais sair, no G quatro.

Então Thiago Rodrigues fechou o gol como Acácio no Morumbi em dezembro de 89, como Carlos Germano no Maraca no mesmo mês, em 97, como Helton no Monumental de Nuñez em 2000 e como Barbosa, contra o mesmo River, no solo sagrado do Estádio Nacional de Santiago, ao pé da Cordilheira dos Andes, em março de 1948, antes de todos os outros títulos continentais da história, de todo o planeta, de todos os clubes. Então Nenê converteu o pênalti como Roberto em 77, como Romário, Jorginho Paulista, Viola e os Juninhos no campo do Rosário, contra o Rosário Central em solo argentino, duas fases antes daquela que seria a maior virada de toda a história desse tal de futebol.

E o pênalti foi convertido porque antes trombou Raniel com o goleiro, da mesma maneira que já tinha trombado contra o mesmo Ituano em São Januário, e também contra o Londrina, numa das vitórias mais importantes de todo o campeonato, e da mesma forma que certamente trombou Ismael, igualmente centroavante e negro, contra peruanos, bolivianos, equatorianos, chilenos, uruguaios e argentinos, fazendo gol decisivo como o do 1 a 0 contra o Emelec, ou abrindo caminho para outros de Lelé, Ademir, Friaça e Danilo no maior, para sempre, de todos os títulos. E negro como eles, Raniel e Ismael, também atacante, trombou antes Claudionor Corrêa, o Bolão, antes de todos os outros, trombou com os zagueiros adversários há cem anos, com a camisa vascaína.

Há cem anos o Vasco subia à divisão principal do futebol de seu estado pela primeira e última vez com o pessoal da foto ao lado, e esse de chapéu branco no meio, acima do lendário goleiro Nelson e negro como ele, mais forte, mais alto, justificou a marra da foto sendo o artilheiro do Vasco no certame, autor de quatro gols, simplesmente, no jogo que sacramentou o acesso, 8 x 3 no Carioca, no gramado da Rua Moraes e Silva, ancestral do quase centenário caldeirão de São Janu. Claudionor Corrêa, o Bolão, atacante em 1922 e meia, volante, jogando mais recuado contra os tais Flu, Fla, Bota, América e outros times da burguesia branquinha criada em Paris, ajudando o Vasco dos negros, dos portugueses sem entrada nos salões com rapapés e vitrais, a ganhar de todos eles, logo de cara, direto da segunda pra vencer o campeonato da primeira, com Nelson ainda no gol, mais Leitão e Mingote, Cláudio, Oitenta e Quatro, Torterolli, Paschoal, Negrito e no meio, gigante, origem da linhagem de Fausto, Danilo, Alcir, Dunga, Mazinho, Zé do Carmo, Allan e Douglas Luis, Claudionor Corrêa, o Bolão.

Então Andrey Santos, último e atual dessa linhagem de volantes craques, foi expulso, assim como Nelson nada craque em 97, antes do hat-trick com letra e tudo de Edmundo e de Maricá sacramentando o rival goleado, de quatro, assim como Júnior Baiano em 2000, pra tornar mais inacreditável ainda a maior virada de todos os tempos, contra o campeão brasileiro da Série A de 2022, time com o mesmo nome do último adversário do certame de 1922, o saudoso Palmeiras carioca, vencido pelo Vasco por cinco a zero no campo do Andaraí, com dois de Torterolli, um de Cardoso Pires, outro de Negrito e mais um dele, Claudionor Corrêa, o Bolão.

E no primeiro jogo no Caldeirão sagrado com a estátua do artilheiro máximo da Cruz de Malta, artilheiro maior do campeonato brasileiro em todos os tempos e assim também do campeonato carioca, jogo, a propósito, dos mais importantes do campeonato, contra o todo poderoso Bahia, primeiro de todos os campeões brasileiros da história, exatamente no gol onde foi feita finalmente a justiça da balança, de um lado este que no Brasil é inigualável, do outro, simplesmente, o maior fazedor de gols em jogos oficiais do mundo da história, maior que Pelé, Maradona, Puskas, Cristiano Ronaldo, Gerd Muller e Eusébio, Roberto Dinamite e Romário, os dois criados em São Januário, eles que jogaram juntos e graças a todos os deuses da Bola por ter tido idade pra ver isso ao vivo em 1985, em 86 e, principalmente, em 87, e cada um atrás de um gol do estádio histórico, lendário, muito mais do aquém do além do sagrado, e nesse estádio, no gol exato da estátua ali inaugurada, explodiu um novo garoto dinamite, Figueiredo, fazendo o gol inaugural de seus quatro, até aqui, como profissional do Vasco, todos golaços, e o primeiro deles no jogo que sacramentou a entrada do clube, para não mais sair, no G quatro.

Há cem anos, Claudionor Corrêa, o Bolão, vindo do Bangu pra virar lenda no Vasco, fez os dois gols na vitória fundamental contra o Vila Isabel, então nosso maior adversário, único a nos vencer, um a zero no turno do campeonato, e no returno a virada, dois a um, do futuro time da virada, assim como foi de virada, a única em São Januário, a sofrida vitória sobre o Criciúma com Caldeirão sempre lotado, no jogo em que mais ficou clara, nítida, a vontade dos deuses da Bola, cem anos depois de Bolão, sobre o desfecho do campeonato, jogo esse no qual mais uma vez foi decisivo um jogador de 41 anos, ainda evoluindo pelos gramados, e que faria dois gols num jogo só também, contra o Brusque em casa, os dois de bola rodando e o toque de maestro, canhoto, craque.

Então Nenê recebeu a assistência meio que escorregando de Edimar, que certamente teve ajuda no lance de Orlando Lelé, de Coronel e de Jorge, e muito provavelmente também do sujeito na sua posição há cem anos, Nolasco. Recebeu no reflexo, porque só deu tempo de deixar a testa na direção da bola e o resto ficou com os deuses da bola que tocou no zagueiro, desviou do goleiro e entrou de mansinho. Então Fábio Gomes, no máximo esforçado, subiu com a perfeição de um Ademir de Menezes, testou com o faro de gol de Vavá e, por que não, com a estrela de Claudionor Corrêa, o Bolão, e até o especialista, na transmissão, afirmou que alguém lá em cima queria muito o acesso do Vasco.

E se o Nacional do Uruguai tem para sempre um lugar guardado no coração de todo vascaíno conhecedor da história, pelos três a zero aplicados no todo poderoso River, La Máquina, que nos garantiu a vantagem do empate na decisão da primeira taça continental de todas, assim também deve acontecer com o saudoso Americano, não o de Campos, mas do Engenho de Dentro, único time a conseguir empatar com o nosso, há cem anos, e que tomou um a zero do Vila Isabel num pênalti no comecinho, mas conseguiu virar, dois a um, para dar a liderança finalmente, a quatro rodadas do fim do certame, ao Vasco.

Há cem anos, no segundo jogo mais importante do campeonato, contra o querido Americano do Engenho de Dentro, na partida anterior à da garantia da taça Claudionor Corrêa, o Bolão, fez novamente os dois gols da vitória, dessa vez por dois a zero, e dois gols fez também, no momento crucial da primeira virada do time da virada, fora de casa, a melhor notícia recebida durante a temporada, o cria craque, Alex Teixeira, finalmente de volta. Voltou porque quis, simples assim, aceitando o que o Vasco tinha pra oferecer e claro que foi criticado por estar fora de forma, claro que teve um gol anulado, embolado, sem dar pra vaticinar nada com certeza, daqueles que são anulados ou não, a depender da camisa e da importância do fato, e o gol de Alex Teixeira, que seria o do empate contra o Brusque no jogo da volta, claro que foi anulado, mantendo a sequência negativa recorde fora de casa, que só seria quebrada pelo próprio Alex Teixeira nos quase inacreditáveis, não fosse o Vasco o Vasco, três a dois no Operário, naquela que o blog considera a maior vitória do campeonato.

Então Raniel foi xingado, vaiado, assim como o foi Thiago Rodrigues após a doída derrota, única em casa, para o Sampaio, mostrando o lado ruim dessa torcida que carregou o time, de fato, em diversos jogos do campeonato. Raniel já tinha decidido contra a Macaca, contra o Londrina e o Criciúma, ambos fora de casa, além de já ter evitado derrotas para o CRB, fora, e para o Ituano e o Vila Nova em casa, e ainda assim começou e continuava a ser intensamente vaiado, xingado pela mesma torcida que já ofendeu com a mesma raiva, o mesmo ódio, Fabrício, Cristóvão Borges e Diogo Silva, sempre, infelizmente, o ódio maior direcionado a um jogador ou treinador negro.

E Raniel, simplesmente, depois de ser intensamente vaiado, xingado, fez o gol mais importante do acesso, batendo pênalti no último minuto, fora de casa, contra toda a torcida adversária, gol que seria raro, porque sendo do empate, valeu a vitória, graças ao ódio dessa vez do adversário. De quarto passamos a ser, após a decisão do STJD, terceiro colocado, mesma posição de 2014 e 2016, numa campanha de altos e baixos, com a experiência dos fortes, não necessariamente craques, e os deuses da Bola, mais uma vez, fazendo surgir ou amadurecer, de uma só vez, Andrey Santos e Figueiredo, já aqui falados, e Marlon Gomes, Pec e Eguinaldo, crias como Alex Teixeira e, poucos sabem, também o capitão Anderson Conceição, todos, crias ou não, no ataque, no meio ou na contenção, todos sucessores de Claudionor Corrêa, o Bolão.

Em 1922 Bolão anotou 15 gols em todo o campeonato, e em 2022 os deuses da Bola decidiram que acontecesse o que acontecesse, pandemia, terremoto ou SAF, um dos clubes da Série B a subir para a Série A de 2023, cem anos depois de 1923, teria de ser o Vasco.

Pitacos em itálico

E a semifinal do campeonato calhou de ser flamengo e Vasco e no jogo de ida, 0 a 0 até que o varmengo cruza a bola na área, a disputa no alto, embolada, e dá pra acreditar que uma semana depois da polêmica contra o Vasco, num lance praticamente idêntico o var então agiu e viu, sem sombra de dúvida, o pênalti marcado para o queridão da Gávea? Sim, dá pra acreditar, claro, e ninguém achou estranho entre os especialistas, ninguém nem lembrou do lance não marcado a favor do Vasco, só os comentários de praxe sobre a imensa superioridade técnica do time deles em relação ao Vasco, em mais uma vitória pela diferença mínima, com a ajuda fundamental da arbitragem.

*E o primeiro comentário do especialista loirinho, branquinho, ex-jogador mediano alçado por alguns empolgados à condição de craque, diante da invasão da torcida do Sport que arrombou o portão e, entre outras atrocidades, esmurrou e chutou uma enfermeira indefesa, que socorria feridos no gramado, diante disso o primeiro comentário do especialista louro, branco e privilegiado foi condenando o autor do gol, coincidentemente negro, por comemorar diante da torcida adversária com as mãos nos ouvidos, um gol, a propósito, importante pra, com o perdão da palavra, caralho. E mesmo que depois muitos outros especialistas tenham saído em defesa de Raniel dizendo acertadamente que nunca, jamais, ele poderia ser alçado a protagonista do lamentável fato, mesmo com o óbvio ululado, reiteradamente falado, Raniel foi expulso pelo juiz e pegou, de cara, sem contestação, dois jogos, mostrando o quanto é forte, certo ou, como nesse caso, errado, o quanto é poderoso um primeiro comentário.

*E bem antes, logo após o Campeonato Carioca, a mídia especializada achou uma equivalência entre 1922 e 2022, sem falar nada do título da segunda divisão carioca do Vasco. Pois a mídia especializada conseguiu juntar 22 e 22, cem anos depois, como os dois únicos anos nos quais o Vasco não venceu um clássico, mas como clássico em 1922, se todos os outros grandes do Rio não disputaram este ano o mesmo campeonato que o nosso, se todos sabemos que Flu, Fla e Botafogo jogaram pela primeira vez contra os Camisas Negras no ano da graça de 1923, primeira participação e primeiro título no campeonato carioca do Vasco? Pois a flapress é marota, malandra, e se não fala nunca do Sulamericano de 48, se considera uma vitória sobre escoceses bêbados com um goleiro vendido mais Mundial que os 4 a 3 no pentacampeão continental Real Madrid de Di Stéfano e cia, em solo europeu, durante este pentacampeonato, é mole pra eles inventar que o primeiro Vasco x flamengo não foi o 3 a 1 de virada em 1923 com Bolão também em campo, não, foi, na verdade, o único clássico que o Vasco jogou em 1922, uns 15 minutos de uma pelada de torneio início contra o supermengão que venceu por 1 a 0 e disso eles lembram, claro, na vã tentativa de mudar a história, sempre contra o Vasco.

*E no jogo da Taça Guanabara com o superqueridinho da mídia e do var, o Vasco, pra variar, teve um pênalti não marcado. Dois a um pra eles e no último lance o cruzamento, a disputa no alto e a bola no braço do defensor da Gávea. Pênalti? Var em ação? Não, nada, segue o jogo e ficou o placar de 2 a 1, golaço de Pec para o Vasco. E a semifinal do campeonato calhou de ser flamengo e Vasco e no jogo de ida, 0 a 0 até que o varmengo cruza a bola na área, a disputa no alto, embolada, e dá pra acreditar que uma semana depois da polêmica contra o Vasco, num lance praticamente idêntico o var então agiu e viu, sem sombra de dúvida, o pênalti marcado para o queridão da Gávea? Sim, dá pra acreditar, claro, e ninguém achou estranho entre os especialistas, ninguém nem lembrou do lance não marcado a favor do Vasco, só os comentários de praxe sobre a imensa superioridade técnica do time deles em relação ao Vasco, em mais uma vitória pela diferença mínima, com a ajuda fundamental da arbitragem.

 *E depois de decidir contra a eleição online para presidente do varmengo, a Justiça do estado do Rio de Janeiro deu nova decisão semelhante, dessa vez referente ao pleito para presidente do freguês eterno dos vitrais das Laranjeiras, dizendo também que o clube sem títulos internacionais tem soberania para decidir os próprios destinos sem a interferência do Judiciário que há 20 anos interfere na eleição do Vasco, Judiciário que, a respeito do nosso clube, aceitou, ratificou e oficializou a eleição numa enquete online feita por empresa suspeita, que abriu caminho pro novo Vasco comandado, agora, por um flamenguista, o Vasco da SAF.

*Nada que mude, graças aos deuses da Bola, a história passada, inigualável, do Vasco, que começa a ser contada como deveria, nas telas, primeiro pelo vascaíno Marco Antonio Rocha, camarada, com a ótima ideia do filme sobre o Sulamericano de 48, um título único, inigualável, que paira, sozinho, na categoria do lendário. E gente ainda mais famosa, como Lázaro Ramos e Taís Araújo, com a retaguarda da Amazon, está prestes a levar ao streaming a história mais bonita do futebol, dos Camisas Negras aí em cima, bicampeões cariocas nos nossos dois primeiros campeonatos e antes, há cem anos, heróis do nosso primeiro acesso, com Clauidionor Corrêa, o Bolão aí de boina, tirando onda deitado ao lado do goleiro Nelson.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Enquanto tentam acabar com o Vasco, os deuses da Bola continuam a dar seus recados


O varmengo supervicecoroado é soberano pra decidir como fazer sua eleição, sem interferências de fora, decidiu o Judiciário que há 15 anos interfere na eleição do Vasco. E assim segue o plano que cada vez mais vem transformando o futebol brasileiro em programa de tevê tipo caldeirão ou ziguezague, onde a praça vira arena, os papéis são pré-determinados e a tecnologia joga junto com os donos do espetáculo, disfarçando às vezes num 6 a 0 a favor, num 2 a 0 aparentemente tranquilo, mas nas decisões cruciais, que mudam a tabela de fato, decidindo sempre pro mesmo lado.

O garoto aí em cima, ao lado do “maior vilão do mundo”, é vascaíno de coração, desde antes da época dessa foto. É também cria da base do Vasco, mas não houve uma linha, nem um frame, nem um centésimo de segundo gasto com essa informação pela dita “grande mídia” esportiva na cobertura da final da Taça Libertadores da América de 2021, mesmo que o garoto, chamado Deyverson, tenha feito o gol do título, justamente contra o arquirrival de seu time do coração. O atacante vascaíno do Palmeiras ainda fez, na comemoração do gol do vice que faltava ao varmengo, o símbolo nada comportado da mais famosa torcida organizada do Vasco, e na mídia, na cobertura da decisão e nos comentários dos especialistas, nada, ninguém pronunciou a palavra Vasco, muito menos vascaíno, assim como pudemos perceber, no VT exibido durante a quarentena da pandemia, que Galvão Bueno e cia não falaram nada sobre o Sulamericano de 1948 nas mais de duas horas de transmissão da final da Libertadores de 1998, mais de dois anos antes do Tetra com SBT na camisa, que vale, segundo cálculos deste blog apoiados nas mais exatas ciências matemáticas e astrofísicas, 70 milhões, 458 mil e 223 rebaixamentos.

Pois o Vasco foi rebaixado de novo, e dessa vez de forma inédita, a primeira vez que caímos e não subimos logo em seguida, talvez porque já estivesse ficando desagradável para os donos do futebol brasileiro esse negócio de ver o clube tão odiado por eles subir logo toda vez que caía, a primeira vez campeão por antecipação com tranquila vantagem, as outras duas pendurando a camisa na trave, uma delas, a propósito, com recorde de invencibilidade, o que não deixa de ser mais uma prova inequívoca da grandeza deste tal de Vasco, assim como também é prova o fato de só termos caído da Série A sempre na última rodada, lutando até o fim e sendo muito, ridícula e escandalosamente roubados.

Um dos 12 grandes do eixo Sul-Sudeste já tinha jogado a Série B e caído pra C, outro tinha sido o primeiro a não conseguir subir de volta neste formato dos pontos corridos, tão endeusado pela mídia dona do campeonato quanto manipulado. O Vasco simplesmente não podia subir assim tão rápido de novo pela quarta vez, não, mas Vasco é Vasco, e pra isso não bastaria apenas roubá-lo no VAR e no gramado. Foi preciso usar a fórmula mágica do primeiro rebaixamento, do segundo e do quarto: o sequestro do Vasco pela via judicial, com apoio falsamente desinteressado, alienante e alienado, de narradores, repórteres e comentaristas. A mesma mídia que clamava por eleições diretas no Vasco, contra o sistema arcaico, em fração de segundo passou a legitimar a anulação da primeira eleição direta da história do clube e a validar a enquete online gerida por empresa contratada por representantes de um grupo político sem o aval dos demais concorrentes, empresa, por si só, suspeita.

Com o aval do ilibado Judiciário estadual, chancelado por liminar de corte superior, nacional, eleito num esquema já exposto em outras mídias que não a dita “grande”, o sujeito posto no comando do Vasco contratou um CEO rubro-negro e um diretor jurídico também mulambo. Veio também um executivo um tanto pirralho, do vice de Quiñones, Zé do Carmo, Boiadeiro e Marco Aurélio. Tudo muito profissional, segundo especialistas da mídia amiga, mas insuficiente pra manter na Série A o time que, sem ninguém deles, chegou a liderar o campeonato. Rebaixado no saldo de gols, entre risos de narrador e comentarista pra agressão a seu jogador com chave-de-braço, e juizão mandando repetir a falta perigosa contra a gente que já tinha ido pra fora, por conta, ora pois, da chave-de-braço tão engraçada, o Vasco continuou a ser, antes até da Série B, patética e reiteradamente roubado, muitas vezes com o aval dos comentaristas de arbitragem, tão bem remunerados pelos donos do campeonato.

Na Copa do Brasil teve o São Paulo e o gol anulado do Cano, com o comentarista traçando losangos imaginários e citando versículos cifrados de regras renovadas pra dizer que não tinha jeito, tinha mesmo de marcar contra o Vasco, comentarista este que, por ironia do destino, era o árbitro daquele Vasco de 98, 99, Juninho, Edmundo, Ramon, Felipe e Mauro Galvão contra o Paraná futuro rebaixado, com São Januário lotado, um dos maiores times da nossa história, contra um adversário nitidamente mais fraco e em menos de uma hora de jogo um time tinha dois jogadores a menos e este time era o Vasco. Foi este cidadão também quem comentou o VAR clandestino na fase anterior da Copa do Brasil, contra o Boavista. Gol do Cano novamente, validado em campo e anulado depois dos comentários do conhecido ex-árbitro, dizendo que pelo artigo tal, da lei tal a bola não podia repicar assim nem assado e portanto o gol não era legal e o juizão, num jogo sem VAR, antes da saída da bola botou a mão no ouvido... não, não fez isso, disfarçou bem, controlou o reflexo de desenhar o quadradinho da telinha mas anulou o gol depois do comentário do cara que depois da decisão disse que era um absurdo, que o jogo não tinha VAR e isso teria de ser averiguado e dois dias depois o deserto, mais nada sobre o assunto morto, enterrado.

Aí veio a Série B e num gol claramente em impedimento validado contra o Vasco, o especialista da vez disse que parecia impedido, de fato, mas que a defesa do Vasco era tão ruim que tinha mais é que tomar gol de qualquer jeito mesmo. Em outro jogo, num claro tiro de canto para o Vasco revertido em tiro de meta, outro especialista enumerou tantos gols tomados pelo time em contra-ataques de escanteio favoráveis para dizer que era até melhor não marcar córner a favor do Vasco.  E veio o VAR no meio do campeonato, pra garantir o que, com o Vasco tomado pela Justiça e pela mídia inimiga, administrado por flamenguistas, sequestrado, já era tido como certo, consumado, pelos donos do campeonato.

No jogo contra o Brasil de Pelotas, em São Januário, o bandeira anulou um gol de Daniel Amorim que estava legal em, pelo menos, um metro. A tevê mostrou o replay, o VAR já tinha chegado então o vascaíno teve a certeza de que o gol seria validado, claro, só que VAR é VAR, e Vasco é Vasco. Veio então a decisão do árbitro de anular mesmo o gol e depois o VAR disse, de novo, mais uma vez, se é que dá pra acreditar, que a tal linha não tinha funcionado O passarinho são paulino gritou, chiou, a diretoria golpista disse que ia pedir a anulação da partida, o fim do VAR no campeonato, só que foi só jogo de cena, não fez nada. O fato teve a repercussão das 24 horas de praxe e depois o deserto, nada, e logo após veio a pegadinha histórica da flapress contra o Vasco.

Você, vascaíno incauto, que tá no domingão assistindo ao jogo de graça, na emissora aberta dona do campeonato, comemorou a vitória do time junto com os filhos pequenos, talvez, vibrando, só porque no placar tava 2 a 1 e narrador e todo mundo confirmava? Ah, coitado. Era brincadeirinha. O Vasco teve um gol anulado sem a tevê nem mostrar e tomamos o empate no último lance em cima do xerifão mais amado pelos entrevistadores de fim de jogo, aquele que depois da série de entregadas e atuações bisonhas na Séria A, com direito a chute na cara do adversário, ainda era tratado pela flapress como solução para a nossa zaga, em meio aos gols em impedimento validados que tinham que ser gol mesmo porque a defesa era fraca, ou a escanteios que, ainda bem, segundo especialistas, não eram marcados a favor do Vasco.  

Mas de Castan falaremos um pouco mais ainda lá embaixo, nos Pitacos em itálico. Aqui nos cabe continuar dizendo que enquanto o Vasco era mantido rebaixado, roubado, nossos troféus eram empilhados numa Kombi e a mudança da administração moderna e profissional foi consumada, saindo de São Januário e indo para um prédio obscuro no Centro, vazio, semi-abandonado e que, ficamos sabendo, pertence a alguém da diretoria atual posta pela Justiça no Vasco. O aluguel é de graça, alardeia a diretoria golpista, mas e as taxas e impostos do imóvel enorme, desocupado? Claro que quem vai pagar é o Vasco, e assim o nobre diretor tão bonzinho, samaritano, deixa de ter qualquer despesa com seu imóvel vazio, desocupado, graças a seu amor pelo Vasco, e o ceo (isso mesmo, ceo, in english) varmenguista justifica a decisão tão profissional, moderna, com clichês vazios, picaretas, de mercado, falando em melhor entrosamento de seu time de executivos que em um ano não apresentaram ainda nada, falando sempre que série B é muito difícil, muito difícil, mas que pelo menos agora, varmenguistas como seu ceo, não precisarão mais pisar em São Januário, cujas taxas e impostos também continuarão a ser pagos pelo Vasco, ainda dono do próprio estádio, mas calma, minha gente, que vem aí a SAF.

Depois de assumir o clube pelas mãos da Justiça prometendo investimentos milionários mas sem apresentar nada além de patrocínios de lojas de esquina, depois de ser rebaixado na Série A e de não conseguir retornar pela primeira vez na história, a diretoria golpista atual do clube tirou da manga a solução de todos os problemas, fácil, fácil: a venda do futebol do Vasco. E só com maioria absoluta do Conselho Deliberativo hoje sem oposição, posto lá pela triangulação entre desembargador, ministro e o noticiário, se cria a SAF e pronto, acabou, não pode voltar atrás, e tudo isso tocado por uma diretoria supercampeã somente em sentenças estranhas do Judiciário, que vem mantendo essa gente no comando do Vasco validando a enquete online da empresa suspeita e negando a legalidade da eleição presencial do clube, o mesmo Judiciário que, em ação semelhante sobre a eleição do mais recente bivice em menos de uma semana, nacional e internacional, decidiu que o clube era soberano e tinha autonomia para decidir como decidiu, negando qualquer possibilidade de eleição online, só presencial.

O varmengo supervicecoroado é soberano pra decidir como fazer sua eleição, sem interferências de fora, decidiu o Judiciário que, há 15 anos, interfere na eleição do Vasco. E assim segue o plano que cada vez mais vem transformando o futebol brasileiro em programa de tevê tipo caldeirão ou ziguezague, onde a praça vira arena, os papéis são pré-determinados e a tecnologia joga junto com os donos do espetáculo, disfarçando às vezes num 6 a 0 a favor, num 2 a 0 aparentemente tranquilo, mas nas decisões cruciais, que mudam a tabela de fato, decidindo sempre pro mesmo lado. No Rio, tudo está bem claro. O projeto é de um time só na cidade, tipo Barça, enquanto o pai dele cumpre feliz o papel de segundão com a condição de nunca mais ser rebaixado e de estar sempre disputando ali Libertadores, mesmo que nunca, jamais tenha conquistado nada fora do país, e que também deve ter exigido como condição pra apoiar o circo armado a queda do Vasco pra C ou pra D, não importa como, deve ter anunciado o representante eventual do clube, polidor de vitrais, também sem estádio, que com certeza aumentou seu rancor ancestral contra a Cruz de Malta este ano, ao ver o fla x flu sonhado na semifinal da Liberta ser abortado pela eliminação nas quartas diante, vejam vocês, do nosso querido Barcelona de Guaiaquil, que assim como a LDU, também é do pra sempre lembrado goleiro Cevallos.

Ao Glorioso caberá o papel de sempre de louco da história, subindo e descendo ao sabor dos ventos em tom bem humorado, resignado, e quanto ao Vasco, pessoal, o outro time de massa da cidade, aquele que também tem títulos continentais e intercontinentais, sem Wright e sem VAR, a este o “projeto” reserva o fim da história, quedas sucessivas sem acessos, nada, até o esquecimento total, e isso a sério, podem apostar que eles acreditam que isso seja possível tão delirantemente quanto apoiam de cara lavada o ex-juiz ladrão iletrado traíra safado entreguista marreco, quack, como se o Vasco, sem nem precisar de Da Gama, nome de estádio nem de jogador, nem de taça, nada, como se só o nome Vasco já não tivesse atingido, desde 1948, pelo menos, a condição de quem, mesmo acabando, não acaba. E teriam também que combinar com os Deuses da Bola, os donos desse “projeto”, porque nem o VAR, nem as estatísticas pinçadas a dedo nem comentários uníssonos, superinteressados, tiraram o poder deles de transmitir seus recados cifrados, como mais uma vez aconteceu nesta decisão sensacional de Taça Libertadores.

Tudo é narrativa, diria o outro, mas fatos são fatos, e usando somente os fatos, sem floreios nem aplausos de pé a treinadores de terceiro escalão na Europa, podemos interpretar como escreveram certo por linhas tortas os deuses da Bola, ao fazerem com que neste período citado pela flapress como dos maiores, talvez o maior de sua história, o queridinho só tenha conquistado a sonhada Libertadores no primeiro ano, “mágico”, iniciado com dez meninos mortos, queimados. Não deve ser só coincidência que o varmengo tenha pegado no Mundial de verdade o mesmo Liverpool, que jogou tão de sacanagem quanto jogou aquele da Copa Toyota, mas que pelo menos estava com um goleiro não comprado por papeletas amarelas e com o time inteiro sóbrio. E como, se não tivesse levantado a taça no ano dos 10 meninos asfixiados, poderia o supermengão conquistar mais uma de suas marcas engraçadas na maior competição do continente, qual seja a de campeão com a maior derrota da história, cinco a zero no lombo sem piedade, aplicado pelo Independiente Del Valle? E se venceu a Libertadores de 81 fazendo tudo o que fez com o Galo, com soco por trás sem chance de defesa ao oponente na decisão em campo neutro, no Uruguai, o supervarturbinado time do campinho da Gávea, por Niginho inaugurado, não podia deixar de perder a segunda decisão em campo neutro, no Centenário, relegando a condição de clube campeão sulamericano invicto e de campeão da Libertadores sem jamais ter sido vice dela a um time só da cidade: o Vasco de Deyverson, de Juninho, Ramon e Mauro Galvão, de Eli, Danilo e Barbosa.

E se não tivesse sido demitido por ser o que de fato é, uma besta quadrada, aquele inesquecível editor filmado a correr e gritar pela redação, a pular e a chorar, socando o ar no ano do vice mundial da Gávea, com o “manto sagrado”, certamente estaria caminhando pra um lado e pro outro e vociferando, talvez chorando, ameaçando de demissão ou coisa pior qualquer subordinado que tivesse a infeliz ideia de lembrar que a Libertadores de 2021 foi decidida por uma cria do Vasco.

Pitacos em itálico

Na praia, acabamos de fazer a dobradinha no Carioca, vencendo o Boavista na final do feminino, e ganhando a ducentésima trigésima quarta decisão contra o vice dos vices dos gramados e das praias no masculino.

*Acabou a Série A da globo e o Fortaleza, que se salvou do rebaixamento com a mesma pontuação, exata, da gente, com menos de um terço de gols anulados e certamente menos da metade de gols sofridos com faltas claras, acabou na Libertadores, na fase de grupos, e adivinha quem foi o cara da campanha também com semifinal de Copa do Brasil, eleito o melhor lateral-direito do Domingão do Brasileirão? Ele mesmo, Yago Pikachu, e podem chamar do que quiser, podem falar em teoria da conspiração, chamar a Nasa ou qualquer líder em evidência no mundo, mas este blog aqui não esquece dos especialistas que embarcavam na onda dos robôs e também caíam em cima de Pikachu, poupando gente como esse engananinguém chamado Leandro castan, sempre perdido nos lances em que tomamos gols fundamentais em mata-matas de Copa do Brasil, ou no clássico com o queridinho perdendo da gente, como pode, mas aí o toquinho totalmente evitável na chuteira do atacante de costas pra ele, ao lado da área, justificando a falta, claro, pro queridão. E no cruzamento o xerifão que deu a falta pra eles ainda perde na cabeça pra completar o serviço: gol, e ele ainda soca o ar revoltado, reclama, coitado, e no final vai ser entrevistado falando pra agradar quem não é Vasco. E o mesmo que fizeram com Pikachu, fizeram com Martín Silva, uma ou outra falha eventual e a grita nas redes superprogramadas, e os especialistas reverberando as críticas ao goleiro no ano em que ele tinha defendido os três pênaltis contra o Jorge Wiltermann. Enquanto isso, Castan até ontem era tratado por repórteres, narradores e comentaristas não só como titular absoluto, sem discussão, mas também como alguém a ser toda hora ouvido. Parece que não tá enganando mais, mas é sempre bom um pé atrás. O cara ainda não saiu do Vasco, e a atual diretoria varmenguista sempre pode se superar e anunciar, como presente de Natal, a renovação ad eternum com este indivíduo.

*E como falar em fim do Vasco se taças continuam chegando, na praia e na base, como o Carioca Sub 17 e a Supercopa do Rio Sub 17, os dois em cima do freguês metido a chique, mas sem a mais remota vivência internacional. Parabéns aos meninos, que ganharam um CT já existente, com o acréscimo da ótima ideia, é preciso admitir, do bandeirão tremulando lá no alto, visto de longe por quem chega ou sai do Rio pela BR-040. Só não entendo porque manter os ditos genéricos no muro, base forte, gigante, tudo muito legal, mas por que não colocar ali grandão, SUPERCAMPEÃO DO BRASIL SUB 20 2020? O Vasco não é isso? Por que não botar também, CAMPEÃO DA COPA DO BRASIL SUB 20? Por que não ostentar e gritar as nossas conquistas em espaço tão privilegiado, como costuma fazer o rival em suas poucas sedes, todas sem estádio? Será que isso iria incomodar nossos dirigentes vices da América, no caminho para suas singelas casinhas de veraneio?

Na praia, acabamos de fazer a dobradinha no Carioca, vencendo o Boavista na final do feminino, e ganhando a ducentésima trigésima quarta decisão contra o vice dos vices dos gramados e das praias no masculino. O mais importante deste esporte este ano, porém, aconteceu num campeonato não conquistado pelo Vasco. O Mundial de Clubes da Praia voltou a ter o mesmo peso daquele primeirão, de 2011, porque voltou o critério técnico para a escolha dos participantes. O queridão da praia, que jamais venceu uma competição internacional, perdeu sua vaguinha cativa no torneio onde tem como melhor colocação, vejam vocês, um bivice. No lugar dele entrou o tricampeão da Libertadores, campeão do Mundo, tri brasileiro, bi da Copa do Brasil e campeão do Circuito Brasileiro de Clubes da Areia. E o Vasco venceu o Nacional do Paraguai e caiu na semifinal por um gol de diferença para o futuro campeão, o time da casa, o mesmo Lokomotiv Moscou que meteu 6 a 4 no Varmengo em solo brasileiro, no primeiro vice deles. O Lokomotiv venceu a final entre bicampeões contra o Braga e foi o primeiro a chegar ao tri mundial. Já o Vasco meteu 10 a 6 na decisão do 3º lugar contra o Dínamo de Minsk e manteve a condição de único clube a estar no pódio de todos os Mundiais dos quais participou. E manteve a condição, claro, que não vai perder nunca, de primeiro campeão mundial do planeta.

*Enquanto nossos troféus são empilhados na Kombi, a netvasco continua a publicar seus rankings estranhos, com o Vasco em sétimo, nono ou oitavo, e sempre com o escudo do varmengo no alto, em primeiro lugar. O texto abaixo publiquei no facebook em resposta à mais inacreditável das publicações deste site que se diz vascaíno: o aval, sem sombra de crítica, chamando até de “fundador” o moleque vice de Luan e Felipe Mello, posto no Centro de Memória do Vasco pelo grupo amarelo, que durante mais de um ano procurou, procurou, vasculhou, escarafunchou e no fim das contas veio com a mesma “tese” negacionista de sempre, baseada na opinião de um sujeito apenas, fanático varmenguista. A diferença, segundo o teórico mulambo da vez, é que sua tese tinha uma “prova”, conseguida no tempo todo gasto no Centro de Memória não pesquisando os títulos do clube, a história, suas raízes, não, nada disso, mais de um ano passou o vice do Galo a buscar, no Vasco, o racismo, e apresenta na “tese”, triunfante, sua “prova”, uma reclamação de um sócio babaca que não deu em nada e que era direcionada, também, a um jogador apelidado de Russinho. Eis a resposta exposta nas redes:

Não, o autor desse texto não é "fundador" do Centro de Memória do Vasco. É um flamenguista que foi colocado no Centro de Memória do Vasco pelo mesmo grupo político que hoje se divide em três e comanda o Vasco com um ceo e um diretor jurídico flamenguistas, isso só os que a gente sabe, que foram tornados públicos com a justificativa do "profissionalismo". E a Netvasco dá destaque a um texto desses, levando a sério, assim como posta rankings inventados em que nosso clube está em 8o ou 9o e em primeiro está sempre o rival, e a netvasco toda semana mostra esses rankings idiotas com o escudo e o nome do rival em primeiro lugar, e o Vasco em 7o ou 6o. E o nosso CEO é mulambo, e o nosso diretor jurídico também é flamenguista e o Vasco está prestes a tomar uma execução trabalhista multimilionária, e o advogado mulambo até agora não apareceu pra explicar nada, a flapress não cobrou nada dele. E agora descobrimos que o Centro de Memória do Vasco também trabalhou contra o Vasco, também abrigou gente que ajuda a difundir teses espalhadas em grupos de flamenguistas, tentando jogar o Vasco na mesma lama racista de todos os outros grandes clubes da cidade. O novo "historiador" que agora surge para bradar a "nova verdade" simplesmente ignora solenemente a eleição de um presidente negro, menos de 20 anos depois da Abolição da Escravatura. O "doutor" em questão não fala dessa eleição, nada, mas destaca como "prova indelével" de sua "tese" a opinião de um entre centenas de sócios do Vasco, diretor do clube no ano de 1933, certamente um babaca, que reclamou de Fausto e Russinho nas dependências "exclusivas" para sócios do clube. Sim, a ironia da "tese" é que a reclamação do diretor vascaíno foi contra Fausto, negro, mas também contra outro jogador que, de tão branco, tinha o apelido de Russinho. Pois esta reclamação contra um jogador negro e outro branco, este "pedido de notificação" do tal diretor, sem qualquer medida efetiva, nenhuma decisão, serviu ao "historiador" para ofuscar a eleição de um presidente negro e toda a história maravilhosa do time de 1922/23/24, uma visão tão pueril que só pode ter saído da cabecinha doente de um "doutor" flamenguista, e a gente descobre que o "doutor" mulambo trabalhou no Centro de Memória do Vasco, e usa esse fato pra "legitimar" mais essa tentativa canhestra, patética de mudar a história do futebol. Não tem novidade nenhuma nessa "tese" que nega Gilberto Freire usando opiniões sem qualquer comprovação, emitidas por flamenguistas fanáticos como Mário Filho. Esse tipo de "tese" é repetido há décadas, com os mesmos "argumentos" e "citações bibliográficas" de sempre, porque são escassas as citações e argumentos que "provem" que um time com negros no início dos anos 20, campeão em seu primeiro campeonato contra clubes que proibiam negros nos seus quadros, não representa combate ao racismo. A novidade agora é que esse tipo de "tese" não ganha somente o vasto espaço dedicado a ela pela flapress. Agora ela é divulgada pela netvasco, junto com os rankings inúteis sempre com o escudo e o nome do rival no topo. E a netvasco ainda mente ao chamar o sujeito de "fundador" do Centro de Memória, talvez pra tentar dar mais "credibilidade" ao flamenguista, e o nosso CEO é mulambo, e o nosso diretor jurídico também, e talvez o nosso Centro de Memória também já seja. 
E acabamos de celebrar o aniversário da fundação do campinho da Gávea, 2 a 0 Vasco, com dois de Niginho, e vamos celebrar enquanto não surge uma "tese" dizendo que inauguração de verdade da Gávea não foi na derrota da mulambada pro Vasco, mas num jogo antes, obscuro, contra um time qualquer que venha a ser inventado com duas ou três citações e opiniões. Quem se habilita? Espaço não vai faltar a quem quiser destrinchar mais essa "nova verdade", espaço na flapress e, pelo visto, também na netvasco.

*E é tão mequetrefe o projeto da SAF, tão claramente o objetivo final desse grupo, que até a mídia amiga criticou, na coluna do especialista esportivo-econômico, uma nova onda desses novos tempos em que futebol é money, baby, e mais nada. Tal especialista, a propósito, foi um dos mais ferrenhos no trabalho de toda a flapress contrário ao vencedor de fato das eleições do Vasco, enrolando toda a proposta financeira do cara, embaralhando, enfumaçando como faz a extrema imprensa brasileira toda vez que quer emplacar sua versão do fato, pra dizer, nesse caso, sem provas nem demonstrações detalhadas, só com a convicção mesmo de lavajato, que era tudo um sonho mirabolante, irreal, e dizer isso, claro, sem dar direito de resposta ao candidato. Mas que especialista esportivo-econômico seria o tal se não criticasse essa tentativa de implosão do Vasco? Então ele critica a SAF na sua coluna, talvez pra deixar registrado e a partir daí ficar quieto, deixando acontecerem as coisas como se não fosse com ele, assoviando pro alto, porque varmenguistas vices de América são transparentes, meus caros, escancaram em atos, textos e choros seus rancores mais que centenários, suas derrotas de quatro, de sete, de cinco, com chocolate da Páscoa, e este especialista é dos mais mulambos de todos, toma pra si como poucos o projeto do patrão de exterminar o Vasco, e na mesma coluna em que critica a SAF, ele chama de maluquinhos, ou louquinhos, os partidários do presidente eleito não numa enquete online pra lá de suspeita, não, mas diretamente, pelos sócios do Vasco, numa mostra de que lado ele estará, de fato, na hora da verdade.

*E houve agora, recente, uma tentativa de união no Vasco, de Leven Siano procurando Jorge Salgado, os dois presidentes, um eleito, outro de fato. Uma reedição da histórica união de Calçada e Eurico, que iniciou o maio período da história do Vasco, depois do Expresso da Vitória? Claro que não, nem sonha, minha gente. O objetivo desse pessoal posto no comando do clube pelo Judiciário que não interfere no varmengo é claro, nítido: o fim do Vasco como o conhecemos. E que os deuses da Bola continuem a nos valer... 


O Vasco, a imprensa e um blog no meio

Vassalo de nobrezas perdidas, a valorizar vitrais e troféus por bom comportamento, entregues por príncipes em nome da fidalguia, o Flum...