Obrigado, Alex Teixeira, Andrey Santos, Bambu,
Bruno Praxedes, Cauã Barros, Erick Marcus e Figueiredo. Graças a Gabriel Pec, a
Galarza, a Jair, a Léo Pelé e muito obrigado a Léo Jardim! Valeu, Maicon, Marlon,
Mateus Cocão, Medel, Miranda, Orellano, Paulinho e Paulo Henrique! Gratidão a
Payet, a Pedro Raul, a Piton, Puma, Rossi, Sebá e pra sempre seja louvado,
Serginho! Toda honra e toda a glória ao nosso artilheiro Vegetti e palmas
eternas a Zé Gabriel, para todos pela raça, pela entrega, pela virada quase
impossível no ano que já começou importante, pelo Centenário do primeiro
título, no primeiro campeonato dos Camisas Negras, e ficou mais importante
ainda logo no oitavo dia, quando, exatos 10 dias depois da subida do maior de
todos os camisas 10, Pelé, também vascaíno, quem se juntou lá em cima aos
deuses da Bola foi o nosso maior de todos, maior do Brasil e do Rio. E viva,
Roberto! Pra sempre Dinamite!
Gracias también, por supuesto, a Dom Ramon
Diaz e a su hijo Emiliano, hermanos argentinos que chegaram para ressuscitar um
time combalido por dentro, pelas escolhas de um ceo torcedor adversário, que
escolheu um treinador ruim e igualmente mulambo, todos sob o comando da empresa
mais suspeita possível. Foi então mais um campeonato com o Vasco onde gosta o
sistema, lá embaixo, brigando pra não cair, enquanto os deuses da Bola
aproveitaram esta temporada para dar seu recado punindo, com ironia e requintes
de crueldade, toda a ganância e a prepotência de um só clube, que no fim de
2022 ganhou Libertadores e Copa do Brasil e se achou tão bom, mas tão bom, que
sua diretoria decidiu demitir o treinador campeão das duas competições.
Quatro a três e com o Palmeiras envolvido,
vencendo dessa vez, foi também o placar do primeiro dos cinco vices do
queridinho no ano, antes do vice do vice no Mundial, perdendo pro Al Hilal e
com os deuses da Bola continuando a brincar com as repetições, não só porque
foi o mesmo Al Hilal de 2019, quando o queridinho tinha que chegar na final pra
ser vice do mesmo Liverpool de 81, sem ninguém bêbado em campo dessa vez, e com
o goleiro sem ter se vendido, mas também porque o técnico do glorioso Al Hilal
era Ramon Díaz, que treinava o River Plate em 1998 no Monumental, contra o
Juninho.
Se vencesse o Vasco nesse jogo, o flamengo
seria campeão da Taça Guanabara, mas com a derrota deixou o flu encostar e, na
última rodada, ultrapassar vencendo o fla x flu no finzinho. Mais um vice
amargo pro superpoderosão que, logo depois, perderia a final do carioca de quatro,
sim, tomando de 4 do Fluzão que seria usado pelos deuses da Bola no fim do
ano, para mais uma estocada neste time que tinha pretensões de ser dominante no
futebol continental e não conseguiu ser isso nem no Rio.
Vieram mais derrotas até o jogo fatídico contra o Goiás, e no Centenário do primeiro título dos Camisas Negras e de todos os nossos clássicos no Rio, todos com vitória como o primeiro deles, contra o Botafogo, em General Severiano, vencido por 3 a 1 pelos caras da foto ao lado, e um ano após o Centenário do acesso, às vésperas do Centenário da Resposta Histórica e a quatro anos do Centenário de São Januário, nosso estádio construído sem ajuda governamental nem parceria privada, contando somente com a força e o amor dos vascaínos, nascido como o maior da América Latina, foi atacado novamente, de novo, mais uma vez o gramado pisado por Fausto, Russinho, por todo o Expresso da Vitória, por Zé do Carmo, Mazinho e Juninhos materializando todo o ódio ao Vasco que, não mais sem consequências, não pode ser exprimido pelo racismo.
“(...) vê-se que todo o complexo é cercado pela comunidade da Barreira do Vasco, de onde houve comumente estampidos de disparos de armas de fogo oriundos do tráfico de drogas lá instalado o que gera clima de insegurança para chegar e sair do estádio. São ruas estreitas, sem área de escape, que sempre ficam lotadas de torcedores se embriagando antes de entrar no estádio”. Apesar do português confuso (onde houve comumente?) e da ausência de uma vírgula básica, o texto acima é de um juiz de direito, o juiz de plantão do Juizado Especial de Torcedores e Grandes Eventos escalado para o Vasco x Goiás. Um juiz que julga baseado em sua opinião, certamente de um torcedor do time eliminado pelo Olimpia nas oitavas da Liberta, derrotado pelo único campeão no ano, no mês e na semana do próprio Centenário, único, claro, além do Vasco. Um juiz torcedor de um time sem estádio, que julga sem base em dados, porque se fosse se preocupar com isso veria as estatísticas do Instituto Fogo Cruzado, informando que o número de tiroteios no entorno de São Januário em 2023 foi de 22, idêntico ao do Maracanã, sendo que nos arredores do bem público tungado pela dupla dos brasileiros entregados houve morte, ao contrário do estádio do Vasco.
Mais novo personagem do teatro de horrores do preconceito contra um só clube, o juiz, com seu parecer emocionado, entregou de bandeja ao promotor acusador, esse figurinha repetida. Não se tem notícia, no Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), de qualquer pedido de destituição da diretoria do Flamengo pela tragédia do Ninho, dez mortes, de dez meninos. Em 2006, no entanto, o MPRJ, na entrada em cena desse promotor repetido, pediu a destituição da diretoria do Vasco por causa de pontos de venda de ingressos para a semifinal da Copa do Brasil entre Vasco e fluminense, aquela mesma decidida pelo artilheiro daquela Copa do Brasil, o saudoso e inesquecível Valdiram. Tinha X postos, era pra ter Y. Pronto. Tira a diretoria.
Na época, a diretoria atual do CRVG era oposição, e assim também em 2017, quando o juiz não marcou pênalti claro de Everton Ribeiro cortando com o braço levantado, dentro da área, o cruzamento de Nenê, quando o Vasco x flamengo em São Januário estava 0 a 0. Teve também gol anulado de Pikachu, com Daronco inventando falta no zagueiro lá atrás pra garantir a vitória do queridinho, que viria, por 1 a 0, e depois o quebra-quebra, a PM lançando bomba na direção da arquibancada vascaína e numa dessas coincidências incríveis, o mesmo promotor a postos, pedindo de novo a destituição da mesma diretoria, e não há registro também de pedidos de destituição de diretorias de grandes clubes de futebol nos MPs espalhados pelo País por conta de invasões de campo ou algo parecido. E agora, em 2023, claro que só pode ser mesmo coincidência, mas temos o mesmo promotor, contra o mesmo clube num caso igual ao de 2017, mas não contra a mesma diretoria. E o mesmo promotor continuou pedindo a interdição do estádio, mas não pediu a destituição da diretoria. Por quê?
O fato é que esse ano a perseguição ao Vasco ultrapassou os limites dos tribunais esportivos e a pena pelos distúrbios no jogo contra o Goiás avançou muito além das punições a outros times como, por exemplo, o Santos e a Vila Belmiro. Pra começar, o Vasco não pode jogar em seu estádio nem com os portões fechados, e assim conseguiu vencer o Cuiabá por 1 a 0 no estádio Luso-Brasileiro vazio, e quando pediu pra vender ingresso em São Januário só para mulheres, crianças e deficientes físicos e mentais em São Januário, entrou em cena uma desembargadora que decidiu que não havia como garantir que mulheres, crianças e deficientes físicos e mentais não iriam causar confusão no estádio. Chegou a isso, e diante disso até a mídia corporativa se viu obrigada a protestar contra o absurdo dessa situação, com o Vasco impedido de jogar em seu estádio e também no Maracanã, entregue de mão beijada pelo governo do estado à dupla fla x flu dos bons costumes. Foi num São Januário vazio, portanto, que Vegetti estreou fazendo o gol da vitória contra o Grêmio, três dias depois de chegar ao Rio, iniciando a virada do time que tinha, até ali, faltando duas rodadas pra terminar o turno, nove pontinhos.
Com Vegetti chegaram Maicon, Medel, Bruno
Praxedes, Paulinho e, por último, Payet. Jogadores como Zé Gabriel e Paulo
Henrique ressurgiram das cinzas e o time de Ramon e Emiliano Diaz foi avançando
até sair da zona de rebaixamento com um gol no último minuto, de chilena, de
Jair, no jogo atrasado, fora de casa, contra o América Mineiro. Àquela altura
São Januário já havia sido liberado para receber público e já havia acontecido
a enorme festa com goleada da primeira foto desse texto, lá em cima, 5 a 1 no
Coritiba com dois de Vegetti, um de Pec, um de Rossi e o primeiro e mais
significativo de todos, do improvável Zé Gabriel, com a camisa negra dos
Camisas Negras e nas costas, o número 23.
Veio então o jogo contra o Santos na Vila Belmiro, com Soteldo fazendo o que fez, a gracinha subindo na bola e ali, juntando com a declaração do ex-treinador mulambo dizendo que o Santos era difícil de ganhar porque era um time que nunca tinha caído, os deuses da Bola, que já sabiam com certeza desde o início do ano do Centenário do Carioca de 1923 que o Vasco não seria rebaixado, devem ter decidido de vez qual time iria cair. Mas ali o Vasco voltou pra zona de rebaixamento e lá continuou com o empate contra o São Paulo, com Léo Jardim pegando pênalti pra salvar da derrota e caindo ainda mais nas graças da torcida. São Paulo, e essa foi mais uma graça do destino, treinado pelo campeão demitido pelo vice do Palmeiras, e que tinha acabado de proporcionar mais um vice ao queridinho, que assim, esse ano, retomou o título isolado de maior vice da história da Copa do Brasil, quando os deuses da Bola mostraram que não é qualquer time de outro estado, não, que ganha decisão do dono da casa no Morumbi.
Foi na vitória sobre o então líder Botafogo, com golaço de Paulo Henrique, que o Vasco deixou a zona do rebaixamento pra não mais voltar, no ano em que, provavelmente só para sacanear o supermengão que se achava imbatível, os deuses da Bola mostraram que ganhar essa Libertadores nutella, que nos últimos anos virou Copa do Brasil, não quer dizer muita coisa, porque essa Libertadores nutellinha pode ser conquistada até por times oriundos da terceira divisão do Brasil, e times da terceira divisão conseguiram também o que o mengão não conseguiu, porque o fluzão conseguiu passar da semifinal do Mundial, tudo bem que pra tomar de 4 na final, tomando gol aos 40 segundos de jogo e comemorando 15 minutinhos de toque de bola contra o Manchester City, mas conseguiu.
Com a saída do amigo, Souza decidiu não voltar, até porque havia a mesma parte da torcida contra ele, mas prevalece a alegria pela volta do cria, alegria por ter visto Alex Teixeira jogando de novo com a camisa cruzmaltina, representando a geração dele, de Souza e de Alan Kardec, outro grande injustiçado na Colina, geração que teve o azar de despontar no ano ou às vésperas do primeiro golpe midiático-jurídico dentro do Vasco, golpe este que continua em curso, com a eleição, para presidente, de Pedrinho.
*O
primeiro sentimento, sendo-se Vasco da Gama, tem que ser sempre de alegria, e
foi com imensa alegria que este blog celebrou a volta do cria Alex Teixeira, no
ano passado, a tempo de, mesmo fora de forma, chegando no meio do campeonato,
ter sido fundamental na subida não só com os dois gols mágicos no Paraná, contra
o Operário, mas também com o pênalti sofrido contra o Sport, em Pernambuco. Esse
ano, começou bem o Carioca, com gols importantes contra Botafogo e Flamengo, e no
Brasileiro, contra o Fluminense, se antecipou ao maravilhoso Dinizismo roubando
a bola com velocidade difícil de ver aos 33, e entregando logo pra Pedro Raul
fazer 1 a 0 antes do primeiro minuto de jogo, e o Vasco foi só 15 segundos mais
lento que o Manchester City.
*O segundo sentimento, infelizmente, é de tristeza, triste ver como parte da torcida vascaína ainda leva em conta análises de especialistas que, curiosamente, volta e meia botam algum jogador importante pro time do Vasco, com história e qualidade, na berlinda. Foi assim com Martin Silva em 2018, ano justamente em que, depois de quatro temporadas de qualidade, com duas taças, GB e Rio, mais dois Cariocas, um deles invicto, ele defendeu os três pênaltis contra o Jorge Willsterman, que manteve o Vasco como um dos raros grandes times do Brasil que nunca foi eliminado nem em semifinal de Mundial de Clubes, nem em mata-mata de pré-Libertadores. Foi assim também com Pikachu e não foi diferente com Alex Teixeira, colocado na berlinda nas transmissões nos momentos mais difíceis, e assim boa parte da torcida, a mesma que é louca pelo Rossi, acreditou que não seria bom manter no elenco um jogador com essa qualidade, criado pelo clube, que voltou porque quis e só não foi maior na carreira porque o Shakhtar não aceitou vendê-lo ao Manchester United, a pedido de Sir Alex Gerguson, como vendeu ao Chelsea, o William.
*Com a saída do amigo, Souza decidiu não voltar, até porque havia a mesma parte da torcida contra ele, mas prevalece a alegria pela volta do cria, alegria por ter visto Alex Teixeira jogando de novo com a camisa cruzmaltina, representando a geração dele, de Souza e de Alan Kardec, outro grande injustiçado na Colina, geração que teve o azar de despontar no ano ou às vésperas do primeiro golpe midiático-jurídico dentro do Vasco, golpe este que continua em curso, com a eleição, para presidente, de Pedrinho.
*Ganhando
Pedrinho, na eleição online, continua a SAF 777 fazendo o que quer do Vasco, e
com contrato blindado, podendo dar calote, pagar tudo atrasado e sendo tratada
como superprofissional, com toda a condescendência e babação de ovo deslumbrada
da mídia especializada. E continua a pairar a pergunta, diante da vergonhosa quitação a
conta gotas do segundo aporte, de R$ 120 milhões, da empresa que se diz
multimilionária: por
que a diretoria não acionou a cláusula que protege o Club de Regatas Vasco da
Gama no contrato com a 777 Partners? A 777 tinha até o dia 5 de setembro para
fazer este aporte, descontando R$ 30 milhões ou R$ 15 milhões, vá saber, que teria
pagado ao clube adiantado. Não fez o depósito, sem se preocupar em avisar nada
ao Vasco, mas tinha 30 dias de carência para depositar a quantia de maneira
integral, tudo de uma vez, diz o contrato, até 5 de outubro. Caso não fizesse, o
Club de Regatas Vasco da Gama poderia acionar a cláusula que lhe devolve as
ações não quitadas ao preço de módicos mil reais. E a SAF não fez o depósito
integral, pagou só uma parte no dia 5 de outubro, então por isso fica a
pergunta: por que a diretoria do clube não acionou a cláusula que protege o
Vasco?